12 dezembro, 2005

"Pescaria"
Não pregou o olho. Se a noite foi longa para ele, a culpa são das crinças. Nasce uma aqui, nasce outra ali. Mas agora já foi. Acabou, bate o ponto, quer chegar no ponto. Descanso enfim! Fim, de mais um semestre. Fica para trás todo cansaço, as pernas bambeiam, não chegou a sentar. As pálpebras pesam toneladas em sua face mal passada. Olha, olheiras, olha, é a casa, logo à frente. Logo ali, à 450km de puro asfalto. Pega o carro, malas postas. Pé no talo, som no talo, sono no encalço. Pesca, pesca, nada de peixes. Sustos! No som toca o cd gravado daquele show do fim de semana passado em Sampa. Não acredita até agora que esteve lá. Mas acredita que conseguirá chegar logo. As horas não passam, a chuva atrapalha, atrasa. Mas a ansiedade vai decrescendo à medida que a estrada vai pioranndo, buracos, crateras. As BRs do seu estado tem o estado mau conservado. Desacelera, tranquiliza suas emoções. E no término da aventura, tudo se sái como planejado. Casa, férias, sono. Apaga, não as coisas que estavam na sua mémoria, mas sim a sua consciência já obnubilada, como a de quem ficou 33 horas em vigília...

Nenhum comentário: