14 dezembro, 2007

"Os Mesmos Nós"
Vamos fingir que somos nós mesmos por hoje
pois do amanhã o que será, não há como saber
venha pegar estradas e viajar bem longe ...
para assim em algum e outro lugar acontecer.

Todo caminho leva a mesma terra,
por onde olha, o que mais vê é o mar
em cima é possível as vezes avistar a lua ...
e algum dia ainda o homem lá pisar.

Inerente é mentir que as mentiras são as verdades
quando reluzem a pura feliz cidade ...
invente pegar palavras para montar as suas frases
fazer um sonho de bruta realidade.

Deite, sonhe ... as lembraças de um você
deite ... role, olhos abertos até o amanhecer.

Deite ... sonhe, as lembranças do que é viver
deite, role ... olhos abertos até o adormecer.

Saiba pegar estradas e viajar no onde
assim, até aqui foi que cheguei ...
faça brincar de darmos os mesmos nós hoje
pois do amanha, não sei.

29 novembro, 2007

"O Plano Inapropriado De Um Ser Humano Imprevisível"
Como seguir com o plano ... é ímpossível
tentar e ser humano, incabível
seria idem outro qualquer, insensível
tanto o bem ou mal qual quer ... inadimissível.

Tudo o que sente ... é exacerbado
seja deficiente, ou curado
estando perdido em troca de ser achado
no relance de um momento ... inapropriado.

Se o gelo é quebrado de forma envolvente
quebrado e já colado ... precocemente

o frio cede com o calor
o tato afere o rubor
o motor é a ação ...
a dor amenizada com fricção.

Fração de saturação!

O autoconhecimento e a propriocepção
de forma aferente ...
faz do normal o seu desvio padrão.

Como seguir contando com o imprevisível
ao encarar de frente o que é invencível.

17 novembro, 2007

"A Azia Infiel De Um Amor Vulgar"
Observe os segundos mutarem todo redor ao seu olhar
e disparar conceitos insólitos interpretando o que é vulgar

a verdade estará nua
despindo da razão ...
se o amor é luxúria!

Absteve, descoberto que a posse é desconstruir o conquistar
e deparar com feitos inóspitos, inadequando o conjugar ...

na realidade fria
detida com a estação ...
das borboletas no estômago, dispepsia.

Se personalizado em vitro, o casual será infiel
e possuir se de tal sentimento justifica ser cruel
como ditar a uma criança ...
de que nunca existiu papai Noel.

05 novembro, 2007

"Ato, Efeito Do Ofício"

Some um à sub atração
e divida toda a equação
quando deparar ...
com uma outra irresolução.

Multe, aplique ... uma nova infração
num instante explique: Por que tanta variação?

Se dois é par ... quatro é posição
o resultado fica a ofício da imaginação.

Quanto aos números primos, serão eternamente ímpares ...

Na má temática da vida as sentenças continuam inexatas
na resolução dos problemas acima as certezas são erratas

Ratas! ... Ratas! .... Ratas! ... Ratas! ...

Cabe ao nexo sintetizar em ação o que é carnal
sabe o sexo ... o (X + Y)2 é natural.

Adicione à situação aquele calor latente
faça da físico-química uma disciplina indecente
e dê ao ato ou efeito ... um grau de co-eficiente.

15 outubro, 2007

"O Despertar Do Vocabulário"
O prólogo do sono é o dialogar
com aquelas senteças curtas, a puras penas, o travesseiro
prossegue o sonho em deambular ...
ao son ambulância, a sirene do despertador e o chuveiro.

Como proceder no acordar
em plena luz de cada manhã
ao querer dizer para o levantar ...
que o café não tem cor nem sabor!

É sim, pois lá vem a convicção
de que a palavra em resolução ...
faz nascer n´um plano astral
um tom consoante ...
que é mero coadjuvante
da vida própria de cada vogal.

Prorroga a insônia em silênciar ...
cada sílaba omissa de um vocábulo hilário.

04 outubro, 2007

"O Mar de Lúcia"
A definição daquilo que é querido
é a mensuração de como ser insabido ...
seguem as tributárias, submergem em seu oceano
inspiração precede o mergulho, a lucidez em todo plano.

Vá idade ... vá
mas deixe a beleza do lado de cá
vaidade, vá ...
faça das rugas o seu novo lar.

A criação de tudo aquilo que já existe
faz dar asas as quais o vento não resiste ...
no peito, sente o mento, que repousa com todo jeito
em cujo leito, disse a expressão: o bom é ser imperfeito.

Vaidade, vá ...
com a beleza que por dentro faz olhar
vá idade ... vá
deixe as olheiras tomarem conta do acordar.

Há feição
em tudo isso bate certo...
a cor, o senso e ação!


07 setembro, 2007

"A Rouca Voz Da Distante Consciência"
Qualquer distância é pouca quando desejo é chegar
assim como uma voz se faz de rouca ao sussurrar ...
o improvável dizer, inapropriado escutar
o incalculável saber, indubitado acreditar.

E que sejam as inverdades versões a mostrar
tais as incoerências fatos para sempre contar ...

Pois não há o que prever ... existe apenas o perceber.

E o que fazer com a ciência, ainda longe de provar ...
daquele gosto amargo de ver um dôce acabar.

Quanto ao amor, um ensaio duplo cego
autodidático, embora austero ...
seu grupo controle é randomizado
com fator de risco indeterminado.

Se um risco pode ser tão relativo quanto absoluto
continuar sem corrê-lo é muito mais que um insulto ...

Qualquer distância seria outra em não estar
com a voz da inocência, qual fizeram calar.

22 julho, 2007

"E O Mundo Concreto De Outrora"
Outrora é que deseja estar
em um momento incerto, em seu devido lugar
aurora que prometeu trazer ...
aquela luz, os raios, a reprise do nascer.

Embora a sombra irá pairar
enquanto entre núvens o Sol atolar ...
agora o contra-ataque é envolver
com o tique-taque, meia-volta volver

já que a condição...
é que o anti-horário seja a direção.!

Pois a bússola não aponta para um norte
e a cicatriz precede a ferida, o corte ...
como prever o tempo, o errado ou o certo (?)
ao predizer o que existe de concreto

além ... do muro
refém do mundo ...
assim ... imundo.

O que é digno compra sua indigNação
um signo rompe a sua constelação ...
a breviedade toma rumo, num longo caminho
escreve a hora, na página, como um pergaminho:

Se a harmonia ...
não é um estado, sim condição
tenha sabedoria
pra abolir-se de pré-concepção.

Assim outrora diria onde estar
em momentos improváveis, em cada lugar.

01 julho, 2007

"Algo Côncavo, Sobre o Covexo"
O que se espera é sobrevida
algo mais haverá na expectativa
de se curar ... com o que é paliativo
ao se cobrar ... o inconclusivo.

O que fazer com a sobriedade
ao perceber que a crueldade
se esconde na inoscência
ao revelar ... que a ausência
é o querer estar ... em essência.

Afinal, aprender a sobreviver
tudo tão simples quanto complexo...
assim como poder um dia entender
o lado côncavo do que é convexo.

Ao se pensar sobre o natural
em seu contexto sagital...
bem ou mal,
o que sente ... é colateral
e quando mente ... ato social.

A existência é uma poesia...
vestida num vestido cor de prosa
pra quem assiste lá-de-cima
a vista pode ser espantosa.

Que se passa, sobretudo
e se defende atrás do escudo...
seria outra história, de repente
a qual fazem parte, os mesmo componentes.

22 abril, 2007

"IndiviDualismo"

Conotativas são as expressões
denotando como adequações
o que dá sentido ...
não é a fala e sim dar ouvido.

Construtivas são as intenções
demonstradas sob atuações
e o que é sabido ...
é o que tu fazes, faz de ti o teu indivíduo

Individu(o)alidade ... é estar ...
a par ...
do querer ser ... e aonde pode chegar.

Cumulativas são as impressões
demarcando suas alusões
quando o que é querido ...
é duvidoso ao inconsciente dito ambíguo.

Ali os sonhos não são sonhos mais
fazem parte da irrealidade ...
e os outros não são os outros quais
se comportam na saciedade.

Camufladas as realizações
definidas como frustrações
e o que foi descrito ...
não foi nada, adicionado ao infinito.

25 março, 2007

"Balança"


Aqui palavras são apenas palavras,
até o momento em que a elas daremos peso...
aproveite, despeje aqui quilos de ofensas
sem calcular quais as consequências a esmo.

melhor seria que pense só.
ou então, pense e só!

Se as palavras são apenas palavras,
até quando a elas daremos um significado...
pois sempre que dirigidas a um ser sob salvas
correm o risco de um entedimento errado.


por isso, o que te digo é silêncio
o que te mostro invisível...
e o que por ti sinto segredo.

23 janeiro, 2007

"Fenda"

Mãos que se encaixam, mas não se pegam lábios que se tocam mas não se beijam, corpos que se atraem mas não se levam... Há uma fenda ali no meio, há uma fenda onde eles se encotram... onde um termina, o outro começa.