14 dezembro, 2006

"Sem Ofensas"
Se é possivel a casualidade
não agir com certa naturalidade,
quando é bom ser um par...
estar aqui, ou com alguém mais estar
esteja bem...
que seja só você, não seja mais ningúem.

Você quis assim,
em sua vida, uma paixão meridional
e antes de tudo isso...
o prazer dita, ter um outro é banal
pois meu bem...
se for só você e eu nunca será o suficiente
sem ofensas, mas me refiro à todos os amantes.

Se é com boa expansividade
expor ao simples sua sexualidade,
quando é estar de par...
estar no jeito, ou daquele jeito estar
esteja sempre...
com alguém que transforme tudo de repente.

E se você quer a mim,
em seu leito, n´um amor ocasional
antes do seu início...
o prazer avulso já implica o final
é meu bem...
se for eu e você nunca seremos o suficiente
sem ofensas, me refiro à todos os amantes.

Se fosse contudo o quanto é verdade,
entretanto o que é irreal, na realidade
quando o ímpar ou par...
é jogado aos cantos, sem significar
nada... nada...
nada mais,
pois se for só você e eu,
se for só eu e você...
sem mais ofensas.

20 novembro, 2006

"Velho, Ainda Sim Bom"
Os mais saborosos vinhos vêm das safras mais antigas
toda velha criança dorme, ao ouvir sua preferida cantiga
o ponteiro roda, jamais pode o esperar...
um piscar é tão breve, nunca deixe de respirar.

Dê me um doze anos, hoje vou beber
e me embreagar de viver...
entro neste jogo, ainda sem medo de perder
vou me transbordar, me deixar verter.

Lá vou eu ficando velho, não consigo as vezes me lembrar
e com o passado, ainda tento me assombrar...
pois desejo por muito tempo correr poder
ninguém ao meu alcance, de você não quero depender.

Dê me um doze anos, pois não sou seu bebê
quero me embreagar de viver...
adentro nesta luta, sem medo de morrer
vou me transformar, sem me converter.

Hoje entendo o mundo todo,
sem que todo mundo possa me entender...
nem sou tanto valioso,
mas alguns, irão me bem querer.

Sei... que estou ficando cego
mas muito além consigo enxergar.

Sim... estou levando a sério
as coisas com que gosto de brincar.

Dê me um doze anos, daqui em frente vou beber
e me embreagar de viver...bem.

05 setembro, 2006

"Para Um Ser Semiológico"

Se nele reside um doutor,
então ele tira a dor... dos outros
mas as carrega para si.

e se fosse um ator,
ou seja lá mais o que for... ele se soltaria aos poucos
sem nunca deixar de interpretar-se.

Quando ausculta o coração, o seu amor não mora ali mais não
pois o que se percebe... é a hipofonese, e o corpo molha, é a diaforese
já aquela dor constrói a sua anamnese.

e quando está só, está sóbrio
ele está só-sóbrio...

a sua lucidez... transfere ao mundo insensatez!
pois é seu temor ser como a todos, normal
e aquele seu tremor... se torna essencial.

Se aqui há um doutor,
veja, ele veste a cor...
o branco que reflete a paz da sua alma.

e quando expressa seu rancor,
o que ele faz é se expor...
d´um jeito que transparece a sua calma.

Mas há dispnéia em suas incursões, observe os seus murmúrios
uma cianose colore suas mãos, e ele aquece os seus subúrbios
sob uma inspeção... estática!
para ele a felicidade pode ser sim idiopática.

mas há quem discorde...
e a quem se acode?

a vida aprende a se virar, como um free-lancer
uma paixão pode se tornar o seu câncer...
uma síndrome de consupção,
que se erradica com irradiação!

aproveite todas aquelas frases...
até que se alastrem entre, são suas metástases.

Se nele haverá um doutor,
ele amará o seu labor... como poucos.

19 agosto, 2006

"Maratona"
Ele corre, corre, sem se cansar, sem parar e sem parar de suar. Ele corre, se descobre; corre, vai sem se perder, mas muito longe de se ultrapassar. Ele corre, percorre, ainda é inesgotável, está atrás de si prórpio, até onde essa maratona terminar...

06 julho, 2006

"Transparências"
Sendo que as mesmas (pessoas) estão sempre andando por ai...
sendo você nunca a deparar-se ao passar por mim,
trânsito fluindo, sinto-me seguindo em contra mão,
a intranquilidade, ainda me guia sem perder a razão... (de ser)
para onde seguir!?

Certo um momento o cansaço leva ao render,
certo, é que o errado deixa claro a não entender...
membros atados, atos além de minha compreensão,
medo desespero, o suor (emite) trasmite uma estranha sensação...
para onde fugir!?

Visto que as transparências, notadas nunca se são,
visto que as vezes, sempre a vida nos deixa em insatisfação...

Dadas circustâncias, sem controle (faço) deixo me explodir,
dedos quais demonstram um destino, (é fácil se) um simples iludir...
antes fosse fácil, não (posso) consigo nem mesmo me vencer,
amnésia logo se esqueceu também de me esquecer...
que um dia eu (serei) amei alguém!!!

10 junho, 2006

"O Palhaço e a Melancolia"
Algo o faz desistir, querer parar de existir
pensa bem,
talvez ainda não seja a sua hora,
pega a sua alma... se refugia,
vai embora para um outro lugar
onde lá não haverá...

Tristeza!... vem logo atrás
vê-lo sofrer a satisfaz.

E continua a caminhar... com os seus sapatos enormes,
a chutar e tropeçar... em seus tortos calcanhares
ele é o artista, que na corda bamba adora se equilibrar...
e se há aplausos, a cada espetáculo, ele se deixa emocionar.

O seu nariz é vermelho,
a cor da vergonha... no picadeiro em que vive
a sua vida é um circo,
e a melancolia, a arte que ele mais exibe...

E ele é o palhaço sem sorriso,
mas que às vezes faz sorrir...
amar pra ele é um malabarismo,
onde muito ensaia poder cair.

Isto o faz insistir, querer ir, vir e porsseguir
ainda bem,
pois agora parece estar tudo bem...
pega a sua alma, vai embora
segue mundo afora...
ao encontro do seu lugar.

24 maio, 2006

"Insônia"

Deposita sua esperança ...
ao lado um som, o qual ele nuca dança
canta consigo a letra sem sentido,
não podendo estar em seu devido ... lugar!
Ele só quer falar
aquilo... que sente, desnecessariamente.

E se esta sentindo esgotado
ele larga mão de tudo ao seu lado,
esquece da vida, olha a janela
aproveita a vista, céu de aquarela...
que o crepúsculo já vem tomar
o que é seu (?)
a noite vem apagar
o que escreveu...
sobre o sono, é sub-insano.

Enquanto sua tia insônia se faz presente, frequentemente
é outra pessoa, que na noite, habita sua mente...
que situação, eu diria inconveniente!

Ele não mais consegue dormir
mesmo assim, nunca deixa de deitar
incrível como ainda tenta sorrir...
quando nela, consegue pensar
mas como é que com esse amor, desta foma irá sonhar?

Levanta...
estica a mão até "a figura" na sua prateleira,
é ali que guarda a sua vida inteira
ele já sabe...
qual é o seu remédio
sabe quem é o seu remédio...
pois longe de ti
a sua vida é um tédio.

07 maio, 2006

"Deserto"
Lá vai ele caminhando pelo deserto, sedento, só, como ele é. Esboça um sorriso com aquela sua boca seca, já pensando em se afogar em uma garrafa destilada. Mais à frente, as verdades estão mentido sobre as coisas boas da vida, tentando dele esconder o que valeria a pena. Então ele respira fundo, bebe um gole daquela água para pensar melhor em que acreditar...
E lá vai ele construindo um de certo, errando, só como ele o faz. Seu medo é de estar ficando forte, não se abalando com o que deixou para trás ... Sabe que o amor não é para qualquer um, e quem ele não é? Uma vez destruiu sua saúde, matou a si mesmo e tudo que ele desamava. E se anda apaixonado pode se quebrar em pedaços, para assim o vento pelos cantos o espalhar...
Lá está ele no meio do deserto, desesperado como ele sempre foi. A miragem do oásis parece estar mais próxima e se mostra como a figura que ele antes desenhou...
E ele vai em frente... enquanto lá fora o Sol está fervendo, está brilhando e ele já cantando que à ele, seu sol pertence...

22 abril, 2006

"100 Sentido"
Um cego veio ver mais de perto, o que estava perdido na multidão. No meio me encontrou, e logo me mostrou, que o mundo tem sim solução. -Ah... eu já não sei não.
Então saiba que... os olhos podem lhe enganar, e sinta sim, a vista aberta do plano se dissipar... O que há no horizonte? Responda se o que parece estar perto, de certo... está tão longe.
Alcance a mim, segure minha mão, pois o que acabou de olhar foi a escuridão.
e...
Lá vem o mudo dizer, que as palavras por mim escritas, quando ditas... a ninguém, irão entreter. e continua a falar... com seus lábios surdos, aos ouvidos imundos, coisa com coisa, até se dispersar.
Balbucia, assim... aqui: -Some todas alegrias, subtraia as tristezas, multiplique pelos bons momentos e divida-os com os outros a tempo, pois jávai chegar o fim.
Provavelmente ele teria razão, se vida realmente fosse de certo uma equação!

02 abril, 2006

"Vencível"
E como a vida poderia ser mais simples? Haverá respostas? Haverá mais perguntas? O que? ... Não há exemplos, alias nem ele é um exemplo. Será isso bom ou ruim? Não importa, muito menos se está certo ou errado, mas sim convicto. Suas idéias perplexas se multiplicam em razões aritiméticas além do que poderia pensar. Quieto, silêncio... shhhh!... Até o momento em que grita aquele refrão por ele escrito após uma perda, a primeira e consequente derrota na sua invícta campanha para dominar seus prórpios medos. Medo de que você tem? Ele tem medo de si prórpio, dos atos e efeitos que ele pode provocar. Provoca- te a ti mesmo, em frente a um espelho rachado, e veja sua fúria se dissipar diante de sua face enrugada! Paz, é o que virá depois da guerra, pelo menos deveria ser. Mas será que ele, você ou eu batalhamos do lado certo? O que seria o bem, o que seria o mal? Não diga, não pense, não responda. Lute, aja ... tenha coragem... E saiba: que nem tudo pode ser vencido, mas que também nem todas as derrotas acontecem em vão...

01 março, 2006

"A Ressaca Da Folia A Qual Não Frequentou"
Passa o tempo, passa o dia
não me diga que a folia...
por aqui passou, e o carnaval já se acizentou!
nesta quarta... de ressaca
onde nas ruas, só restam as latas.
vazias de nada...
todas amassadas
como a roupa, que veste o seu corpo largado
sem ter ninguem de certo ao seu lado.

E a consciência?
de quem não queria seguir a tendência...
de que a vida não é feita apenas de aparências,
mas teve que se vestir...
daquele jeito
pra ter um grupo a seguir
e por um momento
tentar ali ser feliz!

Passa o tempo, foi se a hora
ele não mais quer ir embora
ali se instalou, diz que se acomodou!
nesta vaga... já ocupada
no sofá, onde não há almofadas.
ele catou a beirada...
no braço de tábua
tão duro, quanto a sua cabeça oca
burrice pra ele é coisa pouca.

E a indecência!
de quem acha que está em plena ascedência...
mas não sabe que vive na pura inoscência
e tão logo irá ferir...
com um golpe
e não haverá um chão pra cair
mas com sorte
lhe restará alguns dentes pra poder sorrir!

Sorria...ah!!!
pois no fim das contas tudo é alegria
até pra quem...
ficou do lado de fora da folia.

19 fevereiro, 2006

"Limites"
E se os seus limites residem em si mesmo. De ontem em diante, ele anda quebrando tudo...

06 janeiro, 2006

"A Ressaca na Tormenta"
E desaba o céu, deixando a terra sem proteção. Os pingos da forte chuva socam a janela de seu quarto por toda a madrugada. Então ele abre seus olhos. É cedo ainda, mas a luz já começa a fenestrar pelos cantos. Olha para si mesmo debruçado na sua preguiça, em companhia da amiga ressaca habitual. Puta merda, reclama!? Cefaléia! Não! E continua com bom humor. Abre aquele seu raro sorriso, diz consigo mesmo silenciosamente: - Força garoto! Mas aí se lembra que não é mais um garoto, pelo menos parece que não. Levanta, merda, ou pelo menos tenta. Se não, arrasta seu corpo até o banheiro. Sua face está edemaciada. Mas ele não liga, se desliga. E começa mais um novo dia, com sua auto-estima fervelhando intensamente, como o sol, se este não estivesse ainda atolado por entre as nuvens...