Se nele reside um doutor,
então ele tira a dor... dos outros
mas as carrega para si.
e se fosse um ator,
ou seja lá mais o que for... ele se soltaria aos poucos
sem nunca deixar de interpretar-se.
Quando ausculta o coração, o seu amor não mora ali mais não
pois o que se percebe... é a hipofonese, e o corpo molha, é a diaforese
já aquela dor constrói a sua anamnese.
e quando está só, está sóbrio
ele está só-sóbrio...
a sua lucidez... transfere ao mundo insensatez!
pois é seu temor ser como a todos, normal
e aquele seu tremor... se torna essencial.
Se aqui há um doutor,
veja, ele veste a cor...
o branco que reflete a paz da sua alma.
e quando expressa seu rancor,
o que ele faz é se expor...
d´um jeito que transparece a sua calma.
Mas há dispnéia em suas incursões, observe os seus murmúrios
uma cianose colore suas mãos, e ele aquece os seus subúrbios
sob uma inspeção... estática!
para ele a felicidade pode ser sim idiopática.
mas há quem discorde...
e a quem se acode?
a vida aprende a se virar, como um free-lancer
uma paixão pode se tornar o seu câncer...
uma síndrome de consupção,
que se erradica com irradiação!
aproveite todas aquelas frases...
até que se alastrem entre, são suas metástases.
Se nele haverá um doutor,
ele amará o seu labor... como poucos.
05 setembro, 2006
"Para Um Ser Semiológico"
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