18 novembro, 2005

"Desjejum"
O vapor quente daquele café forte, coado há instantes, exala da xícara abandonada em cima daquela mesa posta para o desjejum da tarde. Dezessete horas daquela sexta sem sentido, que finaliza a curta semana, qual não acrescentou nada para ele. Pelo menos à primeira vista. E o café se esfria, enquanto sua ansiedade se hipertrofia à espera do 1/4 de século de vivências, que está prestes a se somar. Mas a matemática de suas horas não funciona corretamente. Afinal como subtrair seus repetidos erros, dividir suas inúmeras falhas pelas enormes tentativas de acertos, somadas as passagens esforçadas e impetuosas, que se multiplicaram diante de sua estadia por aquele lugar? Diante de tal questionamento, ele se depara pela incontável vez. Mas por que contar? Se ele pode apenas passar diante de toda essa aritimética sem se incabular? E ele passa ileso, mas quando dá por si, percebe que sua bebida gelou...

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