29 outubro, 2005

"Vertigem"
Pede socorro para si mesmo, está à beira da má sorte. Ali as horas passam rápido, e ele continua deitado em seu colchão velho com cheiro de mofo, nauseante. No canto do quarto estão os cigarros inteiros queimados no cinzeiro, ninguém os fumou. Mas quem ali é fumante? Vai saber. O copo de cerveja continua cheio, quente, espumante, não quis beber. Os livros se espalham por todo chão, entreabertos em conhecimentos não adiquiridos naquele dia. Zica, preguiça, tempo nublado, chuva fina. Como a garoa que cai em sua cabeça gota a gota durante toda a vida. Ao seu lado direito na cama, está o vazio. Hoje ela não se deitou ali novamente. Prache, esta mal acostumado. E quem não estaria? Afinal os seus desencontros marcam hora, a toda hora. E a saudade, essa é de causar vertigem...

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